sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

Tragédia segundo Aristóteles


A tragédia na visão aristotélica é imitação dos homens melhores que nós. Seu objeto de imitação são homens que praticam um a ação. Os homens se distinguem pelo vício e pela virtude. Segundo o modo, a tragédia imita mediante todas as pessoas imitadas, operando e agindo elas mesmas, diretamente. Essas composições se denominam dramas por imitarem agentes (dróntas)

Nas primeiras tragédias o verso tetrâmetro era utilizado porque as composições eram sátiras e mais afins à dança. Para o dialogo o jambo é o metro que mais se conforma ao ritmo natural da linguagem corrente.

Tragédia é, portanto imitação de uma ação de caráter elevado completa e de certa extensão. Suscitam terror, piedade, emoções. Utiliza linguagem ornamentada de ritmo harmonia, canto. Essa imitação é executada por atores.

São seis as partes da tragédia: Espetáculo cênico – imitação executada por atores; Melopéia – aquilo cujo efeito se manifesta; Elocução – composição métrica; Mito – composição dos atos; Caráter – qualidade dos personagens; Pensamento – o que as personagens dizem para manifestar a sua decisão

Pensamento e caráter são causa naturais que determinam as ações nas quais se originam a boa ou má fortuna. A trama dos fatos (ação e mito) é a o elemento mais importante da tragédia.

As partes da tragédia são:Prólogo – precede a entrada do coro; Episódio – entre dois corais; Êxodo - não sucede coro; Coral – parado (1º); estássimo (2º)

Catástrofe – ação perniciosa e dolorosa (morte)

A situação trágica por excelência é do mito no qual se passa da dita para a desdita, não por malvadeza por algum erro de uma personagem. O terror e piedade devem preferencialmente advir da intima conexão entre os atos. Ações catastróficas que sucedem entre pai e filho são as mais trágicas. As ações podem ser praticadas por quem sabe o que faz, como em Medeia (ação média). As palavras e atos das personagens se justificam por uma verossimilhança e necessidade.

Os desenlaces devem resultar da própria estrutura do mito e não do deus ex machina como na Medeia. Aos deuses só se recorre em acontecimentos que ao homem é vedado conhecer. Os episódios devem ser curtos.

Nó – princípio: paço para a boa ou má fortuna; Desenlace – mudança: fim

O coro deve ser considerado como um ator

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