quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Respirando um amor passado em três estrofes!


Movido por um amor sujo
Experimentei viver de ilusão.
Experimentei um amor surdo e por isso
Acabei ferindo meu coração


RESPIRO FUNDO E MORRO A CADA VEZ QUE ME SINTO VIVO, SOBREVIVO A CADA TENTATIVA DE SUICÍDIO, POR QUE MORRER É A MELHOR FORMA DE NÃO ESTAR EM GUERRA COM MINHA CONCIÊNCIA, DE NÂO SABER QUEM SOU!

Respiro e não vejo o mar,
Por que não há mar.
E por que amar?
O mar não ama!
Como eu o vou amar?
Mar, mar!
Como amar o mar
Se não há mar?

Discurso e Ideologia.


Este texto trata da questão do fenômeno ideológico em Marx, em Althusser, em Paul Ricoeur, do discurso em Foucault, da relação língua, discurso e ideologia e das condições de produção do discurso.

Para fazer uma breve introdução no assunto, é apresentada a idéia de que o temo ideologia, segundo Marilena Chauí, foi criado por Destutt de Tracy, como sinônimo da atividade científica que procurava analisar a faculdade de pensar. O termo ideologia ganha carga negativa com Napoleão Bonaparte, que considerava os ideólogos afranceses nebulosos, perigosos para o poder por desconhecerem os problemas concretos.

Em Marx a ideologia possui inicialmente uma carga negativa por estar desvinculada da realidade. A produção de idéias não se volta para as condições históricas e sociais. Marx se interessa por fatos possíveis de uma verificação empírica. A ideologia aparece como algo que coloca os homens e suas relações de cabeça para baixo. Por isso deve-se partir do mundo das idéias para o mundo real.

Para Chauí, segundo a autora do texto, a ideologia na concepção marxista é um instrumento de dominação da classe dominante, que faz com que suas idéias sejam de todos. Ideologia em Marx é, portanto, ilusão, inversão da realidade. Em seu trabalho Marx se refere à ideologia da classe dominante.

Em Althusser, a ideologia aparece ligada ao conceito de Aparelhos Ideológicos de Estado. Segundo ele a classe dominante gera mecanismo de perpetuação ou reprodução de das condições matérias, ideológicas, políticas e de exploração. Althusser também fala em Aparelhos Repressores do Estado, como a polícia, mas os que de fato agem primeiramente pela ideologia são os ideológicos, como a religião, a escola, a família, o direito, a política, a cultura, a informação, etc.

Já em Paul Ricceur, aparece como ampliação do marxismo no que tange à sua redução à função de dominação de classes. Ricceur não nega a existência dessa função, mas a estende e apresenta o conceito de ideologia segundo três instancias: a função geral da ideologia, a de mediadora na integração social, na coesão do grupo; a função de dominação, ligada aos aspectos hierárquicos da organização social; e a função de deformação, na qual adquire noção marxista.

Já em Focault os discursos são uma dispersão de elementos. A análise do discurso descreve os discursos através de regras que regularizam sua dispersão. Regulado o discurso é um conjunto de enunciados pertencentes a uma mesma família. O discurso, segundo Foucault é atravessado pela dispersão do sujeito.

Como elemento do discurso em dispersão, o sujeito é um espaço a ser ocupado por diferentes indivíduos ao produzir um enunciado, o qual é um ato de expressão. As relações entre as posições do sujeito se realizam em uma pratica discursiva específica. Em relação ao sujeito fundador Foucault diz que o discurso não tem início no sujeito, opondo-se ao pensamento idealista, e PR isso mesmo o sujeito é uma função vazia, um espaço e a história não é mais contínua e sim ruptura e descontinuidade, sem lugar para um projeto divino.